quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Um dia...


Dias seguidos por passos...
Pessoas nada mais.
Falhas repetidas.
Falta de crescimento.
O que fica....não sei...
Cheguei e continuo seguindo...
Minha falta?
Quem sabe...
Não reclamo.
O que vi...
Perdeu-se nas palavras.
Ilusão?
Não penso assim.
Sinto o que senti no primeiro olhar.
Ficar...permanecer...morar...
Não...não...
Há momentos que temos que saber estacionar.
Seguir é algo para pensar...
Dou a vida de volta.
Do seu jeito.
Sem obrigações.
Sem queixas.
O que quero...
Companhia constante.
No difícil e fácil.
No não dito mas feito.
Acredito no sentimento.
Ele surgiu.
Tomou conta.
Infiltrou nos pensamentos.
E....
Alimentei...
Cultivei...
Dei vida a imaginação.
Nossa! Fiz parte de mim.
Confiei...
Quis e hei querido.
Supliquei...
Implorei...
E tive...
Meses maravilhosos.
Sem trepidação.
Nas nuvens viajei.
Naveguei pela corrente sanguínea com ganas.
No coração...
Uma gota de ternura.
Encheu a vida.
Adicionei em atitudes.
Multipliquei gestos de bem querer.
Subtrair o texto dividindo as frases.
Os sentimentos são estados provisórios.
O amor não!
Não é pequenice.
Não se resume.
Expande-se no mais além.
É ou não é.
Não fecha.
Mas abre.
Amar é fácil.
Chega com o amadurecimento.
Perdoar é difícil.

urububranco.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Aventureiros da Escrita.


Escrever requer presença de espírito.
Nem sempre os ânimos ajudam.
Os textos saem de acordo com o momento.
Pessoas se misturam.
Possuímos pouco de tudo.
Suficiente para o início.
Desenvolver é hábito da prática.
Bom quando há interesse.
Um grupo minoritário de Bandeirantes.
Esquecidos e quase apagados pelo vento.
Uso do pensamento.
Anula a fala dançando na linha.
Eis a palavra, reprimida e subjugada.
O tempo pede assento.
O medo amortece o interior.
A derrota é preocupação.
O acontecimento é protelado.
Necessário coragem para assumir.
Entre o ridículo e o admirável.
O explorador quer aceitação sem condenação no olhar.
Respeito a autoridade imposta pelo valor.
Sem precisar de poder.
Atitudes de direitos adquiridos.
Respira o ar da dignidade.
Existem e fazem falta neste universo.
Faço minha e de muitos a palavra de reconhecimento.
Admito ser algo nulo em nossos dias.

urububranco.

domingo, 11 de outubro de 2009

Te Escuto.


Todas as pessoas de alguma forma foram felizes um dia.
Não recordam porque largaram lá no passado essa sensação.
A infância vivida.
Adolescência alcançada.
Maturidade almejada.
Vem a mente uma espécie de saudade distante.
Sem conhecimento da emoção.
Perdidos no horizonte.
Nesse estágio anseiam por brincadeira e diversão.
O gosto pela liberdade é assumido nos jogos.
Procura um concreto nos seus sonhos.
Quando consegue esquece do cuidado.
Colocando opção nas vagas calcárias.
O valor declina.
Verdade ou ilusão de sentimentos.
A montanha das palavras ditas caem.
O antes nunca existiu...
O importante é depois da união.
Durante é atropelo sem interesse de convivência.
Como negar afirmações veladas!
Nesse Cosmo Divino ficou uma linha pendurada num ponto.
Balanço num cipó na floresta encantada.
Revolta do que não sei.
São duro os engasga gato.
Fazer o que nessa mata perdida!
Podar uma árvore? Quem sabe...
Arrancar suas raízes? É o diacho.

urububranco.

sábado, 25 de julho de 2009

Conversas Edificantes.


Todo fato é aproveitado de alguma forma.
Tenho conhecido pessoas em diversas situações emocionais e financeiras.
São interessantes relatórios que prendem a atenção.
Em poucas semanas me uni ao ambiente e aos seres neste local.
Recuso outros convites para não faltar ao ELO que me liga a elas.
Minha idade não corresponde a dos meus amigos.
Mentalmente encaixo simples e fácil com esses cérebros.
Para alguns são enchimento de tempo.
Por não compreenderem o assunto.
Minhas amigas buscam adaptação para essa etapa da vida.
Negando a inércia mental.
E o estacionamento do corpo.
Lembramos constantemente da importância do apoio mútuo.
Algo de muito esquecido por milhões de pessoas.
Atualmente temos uma tarefa de dever pessoal a desenvolver.
Escrever sobre nossas experiências para na primeira oportunidade serem publicadas.
Não sei não.....pode parecer um pouco complexo para quem as ler.
Tarefa anunciada no ultimo encontro.
Desde já estou fora.
Quando escrevo é independente de compromissos assumidos.
Faço por gosto.

urububranco.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Interessante Temporada.



Um acontecimento no meio do nada.
Recordo de 30 de outubro de 2001 me levaram a água.
Sem luz, água, calor para aquecer o recinto.
Trinta metros quadrados de espaço com frio de sete gruasC.
Época de equilíbrio.
Todos os dias...
Caminhava um kilometro até o estacionamento do auto.
Lavava nossas roupas numa lavanderia.
Várias máquinas funcionando.
Depositava as peças o sabão e aguardava sentada.
Essa maravilhosa máquina fazia todo o processo até a secagem total.
Permanecia ali duas horas olhando o mecanismo funcionar.
Depois passava para a segunda etapa.
Busca de liquido para suprir a primeira necessidade.
Garrafas vazias de refrigerante eram enchidas com água potável, cozinhar e beber.
Do estacionamento conseguia bicicleta para transportar produtos de supermercado, roupa lavada e água.
Várias viagens nesse veículo de duas rodas eram feitas até nossos trinta metros ocupados.
Divididos com um beliche, duas camas camping, 30 caixas com livros, um frigobar, fogareiro, mesa com quatro cadeiras e três filhos menores de quinze anos.
Espaço nenhum para nada.
Sem energia usávamos a televisão para jogar playstation2 carregada num mini gerador.
Podendo ser usado nos sábados e domingos.
Diversão de fim de semana pelas manhãs.
Nossa pia de uso geral media um metro de comprimento.
Num barril do lado de fora da casa armazenava água da chuva para tomar banho e lavar louça.
Água fervida era depositada em dois baldes um para o uso domestico e, outro para o WC e doucha.
Meu filho mais velho bicicletava catorze kilometros por dia para ir ao colégio.
As duas menores levava com carro.
Foram dias de muitas chuvas e escuros.
As quatro horas da tarde não havia mais claridade no céu.
Acendia velas para fazerem as tarefas da escola.
As seis todos prontos para dormir.
Conversávamos muito nessas noites.
A necessidade de segurança nós aproximava.
Dormíamos ao som das vacas nas fazendas vizinhas.
Mesmo nessas condições tínhamos o silêncio do campo.
A força de vontade de vencer era maior que qualquer obstáculo.
Notava no rosto o desânimo ao me perguntarem:
" Mamãe quando vamos conseguir uma casa?"
Minha resposta era sempre a mesma, " não vai demorar ".
Meu equilíbrio e calma faziam com que houvesse paciência nesses rostos.
Entre todo tumulto dividia o tempo em busca de casa.
Nossos trinta metros tinha o chão de compensado com paredes e telhado de plástico duro.
Ficamos nesse local julho,agosto, setembro, outubro e novembro.
O último mês foi duro levaram a água.
Toda situação é compensada.
Não importa como ela venha.
A possibilidade de crescer existe...

urububranco.

sábado, 18 de julho de 2009

Dias Diferentes.

Pouco de sabor todos os dias.
Os ingredientes preferidos.
Um pouco de carinho.
Uma pitada de entusiasmo.
Grãos de calma.
Pedaços de paciência.
Gotas de sorriso.
Recheio de quero bem.
Cobertura de coragem.
Para casamentos, aniversários, batizados...
É gostoso quando surgem situações que nós deslocam da rotina.
Nesse momento a análise é feita.
A reação depende do acontecimento.
Irritação, stress, aborrecimento e ai vai...
Pessoas que não sabem adaptar.
Possuem raízes no interior.
Calc nessas emoções.
Episódio outros transmitem efeitos diversos.
Alegria, bem estar, segurança...
Essa semana foi dos hormônios.
Distúrbios provocados por fatos longe do controle.
Banheiros entupidos.
Água parada.
WC no estacionamento.
Cozinha no showroom.
Jardim com perfume exótico.
Mela mela na passarela.
Barro e fedor em volta.
Reação intensa no Piloto com o lance inesperado.
Difícil de descrever.
Acompanhado por resfriado, dor de cabeça, febre...
E o cheiro...para fortalecer a data.
Projeto não pensado.
Idéia não executada.
Meu esquema para esse determinado dia FUROU.
Data BOMBA.
Fico me perguntando se os seguintes anos será de arromba?
Nossa!



urububranco.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cabeças Rolam...


Pedro morreu crucificado de cabeça para baixo há mais de dois mil anos atrás.
Por algo em que acreditava e defendia.
João Batista primo de Jesus gritou aos quatro ventos sobre o Reino de Deus e acabou perdendo a cabeça.
Pertencia a uma seita chamada de Nazarenos, judeus que faziam votos, por toda vida ou por algum tempo, de conservar-se em pureza perfeita: adotava a castidade, a abstinência de bebidas alcoólicas e não cortavam o cabelo.
Mais tarde, os judeus deram esse nome aos primeiros cristãos, por alusão a Jesus de Nazaré.
Saulo e Paulo de Tarso o mesmo homem convertido depois que saiu da escuridão para a luz.
Há seitas espalhadas pelo mundo todo.
Usando nomes diferentes para disfarçarem antigos rituais.
Os Essênios professavam o dogma essencial da doutrina órfica e pitagórica.
Mistérios e princípios filosóficos atribuídos a Orfeu.
Pitagórica esta relacionado aos ensinamentos de Pitágoras.
A preexistência da alma consequência e razão da sua imortalidade.
O culto pregava preceitos mais puros de moral e esperança na imortalidade feliz.
Jesus era Essênio.
O direito de discorda cabe a qualquer pessoa, mas as evidências e os ensinamentos são fortes aliados.
Conflitos...
Várias opiniões desse assunto deixaram cobertos o principal objetivo de várias doutrinas.
Todos somos esperançosos por algo.
O descanso eterno depois da morte é o que desejamos mas não queremos.
Se pudermos prolongar esse encontro melhor ainda.
Rezamos por anos e anos de respiração continua.
Esse é o sonho de mais da metade da população.
Coloquei assuntos que se unem de alguma forma para chegar num ponto.
Temos direito de agir de acordo com o que aprendemos.
E só ensinamos aquilo que sabemos.
Conheço a capacidade de pensar.
Acredito que o homem sabe distinguir o Dever e o Direito sobre todas as coisas.
Maneira lógica e racional de decidir como viver sua vida.
É mostrado na história da humanidade que a maioria não esta correta.
Que o Globo não é quadrado.
O Sol não gira em torno da Terra.
A Lua não é branca.
O Universo é mais do que imaginamos.
E por ai adiante...
Ninguém é dono de nada, nem de si mesmo.
A verdade não tem dono.
É de todos que possam enxergar.
Faço votos pela boa conduta e maneira de discernimento claro.
E não sigo nenhuma seita.
Quando criança comentava sobre faltas dos meus irmãos, meu pai fazia com que eu escrevesse no papel cem vezes ou mais: Não olhe para o telhado da casa do vizinho quando a soleira de sua porta está suja.
Nossa! Até hoje tenho calo no terceiro dedo da mão direita.
Esses castigos eram quase que terroristas.
Agiam no meu dedo sem piedade de termino.
O resultado foi satisfatório.
Cada um perdeu a cabeça do jeito que deu na gana.
Por que tenho que oferecer a minha numa bandeja?

urububranco.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A Revolucionária.


Sempre o pensamento vasculhando algo intocável.
Um desafio do ser humano.
O difícil nós fascina.
Até um rato é hipnotizado por um queijo.
Numa recente reunião constatei o quanto os seres são vulneráveis.
Se conduzem sem perceber.
Uma brecha na conversa fazem um caminho de sustento.
Reuniões são em determinadas vezes perigosas.
Nós deixam em descoberto.
Ao alcance dos demais como alvo de especulação.
Tento vê o positivo da coisa.
Mesmo que o céu esteja turvado com ameaça de raio.
Mas nem sempre nós possibilitam confiança.
Há mais recente, era o experimento.
Vasculhado com a ponta do olho.
Respiração acompanhada.
Um clima sem a temperatura adequada.
Ocasiões... simplesmente ocasiões...
Nesses momentos sensações que procuro não armazenar.
Recentemente...
Ouvi um relato sobre atitudes e reações.
Minha colega exaltava o impossível estado do recinto.
De acordo com o relato movia constantemente na cadeira, o corpo.
A expressão do rosto se contraia em caretas acompanhadas com contorcer de mãos.
Falava da vontade que tem em jogar uma bomba no local.
Explodir tudo pelos ares.
Olhos esbugalhados de emoção comentava do desejo de exterminar o prédio.
A idéia de viver esta insuportável naquele edifício.
Outros ignoram por não desejarem nada.
Não sente o corpo, olhos perdidos no abstrato.
Carmelinda tem um aspecto psicológico interessante.
Gosto dela por enfrentar essa luta consigo mesma.
E não se deixar dominar pelas circunstâncias da vida.
A realidade esmaga e cura.
Impulsiona vitórias que a ilusão não compreende.

urububranco.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Túnel do Tempo.


Meu Piloto tem treinado acrobacias no vácuo.
Passou três dias com instrumento virtual.
Prefiro não pensar.
Brinquedinho de distração.
Válvula de escape.
Pássaros aprisionados pelo pensamento.
Turmas, equipes, grupos...
Palavras soltas deixam rastros.
A tábua e os pregos, um conto.
Um filme na tela mental.
Equipamentos que prejudicam.
A flauta...
Toque de retirada.
Compromisso interrompido.
Decisão amarga.
O que fazer num mar imenso.
Uma canoa e uma vara de pescar.
Nó solto numa linha.
Quebra a tradição.
Paciência...
Deve existir alimento para essa fome.
Palavra merece investigação.
Divago?
Não! Todas tem um sentido.

urububranco.

sábado, 13 de junho de 2009

Voce Quantos Anos Tem?


Tenho tempo contado dentro desses dias.
Procuro harmonizar os assuntos de acordo com suas prioridades.
Escrever, tocar, dançar, atuar, dissertar, desvairar...
Me inclui entre as pessoas da Terceira Idade.
Gosto desse grupo.
A Gerontologia é um assunto esquecido da humanidade.
A maioria das pessoas não sabem o que significa.
Quando perguntamos sobre o assunto não entendem a questão.
Uns conectam com algum ramo da medicina.
Outros assimilam com o estudo.
Devido a palavra agregada=logia.
Mas a maioria não tem noção do que seja realmente.
É na verdade um estudo relacionado com o envelhecimento do ser humano.
Investiga os fenômenos fisiológicos, psicológicos, sociais e culturais referentes a Terceira Idade.
A Gerontologia não é Geriatria.
Ela é um estudo interdisciplinar.
Conceito apresentado pela primeira vez em 1985.
Podemos dizer que a Gerontologia beneficia e proporciona oportunidade para outras disciplinas.
A II Conferência Mundial do Envelhecimento promovida pela ONU, foi em 2002 na cidade de Madri.
Houve uma estimativa para daqui há dezenove anos um aumento de idosos no Brasil para 32 milhões de pessoas.
Nosso País ficara como sexto colocado no Mundo no ano de 2025.
Esta probabilidade esta no Plano Internacional para o Envelhecimento, feito pelos representantes dos governos ali reunidos.
A Prefeitura Municipal de São Paulo afirma que a cidade conta com mais de um milhão de idosos.
A finalidade do estudo é dar alternativas adequadas para essa população.
Melhorando a qualidade de vida dessas pessoas.
A Lei No 10.741, de primeiro de outubro de 2003 deu conhecimento as autoridade do Estatuto do Idoso.
O envelhecimento é um direito do ser humano.
As leis são para serem respeitadas e aceitas.
O indivíduo sem compreender não sabe o que aceitar.
A idéia de respeito esta bem longe de algumas autoridades.
Conhecendo o tema buscamos soluções.
Convivendo com essas pessoas despertei para o assunto.
O conhecimento é o ponto inicial de tudo.


urububranco.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Começo.


O ambiente é agradável.
O grupo é pequeno mas simpático.
Variamos da meditação para o teatro.
Da educação física ao alongamento.
Filosofia faz parte.
Dando espaço para um pouco de psicologia.
Aulas de danças durante o programa.
Conversas simples em assuntos complexos.
Devagar o entrosamento surge.
Vitórias e fracasso aparecem na conversa.
Dentro de cada um há fantasmas escondidos.
Apoio se nota nos olhares.
Curiosidade de criança pequena vasculhando o colega.
Normal entre seres desconhecidos na forma e iguais no conteúdo.
O entusiasmo do grupo é notado.
A maioria livre de parceiros.
Viúvas avós.
Pessoas independentes com iniciativa própria.
Decididas a vencerem o tempo.
No momento um bendito o fruto entre as mulheres.
A esperança de puxar mais Antônios é grande.
Uma tarefa...
Teatro na Terceira Idade.
O escritor-diretor promete êxito.
As garotas estão agitadas.
Vários personagens já possuem um Dono.
Drama cômico será levado ao público.
Uma tentação...
Durante as aulas atravessamos o salão no ritmo do bolero e da valsa.
Olhos brilhantes expandem charme.
Cheios de graça e paciência com as interessadas.
Atraem a atenção sem esforço.
Um convidado...
Apareceu num dia.
Troca de conversa no acaso.
Duro no conceito.
Rígido na personalidade.
Exigente no caráter.
Difícil de entrosamento.
Pessoas em constantes buscas.

urububranco.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Ponto no Y.


Elas fazem que paremos um pouco para pensar.
Há dores de todas as espécies e tamanhos.
As menores são as mais problemáticas.
Demoram a serem esquecidas e saradas.
De mais profundidade o golpe é maior mas a aceitação é gradativa.
Só o tempo apaga falhas existente no espírito.
Visíveis ou invisíveis.
Não quero trazer assuntos nesse espaço.
Evito por frases que escuto no dia a dia.
Elas incomodam o raciocínio.
Os gestos que acompanham esses textos diários me perturbam.
Pequenos distúrbios provocados por banalidades.
Alteram o humor dos que me cercam.
Não há freio, somente controle.
Nesse pouco tempo senti demasiado.
Vivi muito se for pensar num todo.
Aos vinte anos já sabia tomar decisões sem pedir opinião.
Se contar tenho vinte e oito de raciocínio lógico.
Parece frio ao falar.
A realidade as vezes tem esse aspecto.
A maioria prefere fugir.
A verdade para quem aceita é doce e suave.
Da frutos maravilhosos.

urububranco.

sábado, 18 de abril de 2009

Tirando as Broncas.



Difícil não se ouvir os gritos e lamentos da vizinhança.
Barulhos de todos os tipos chegam aos ouvidos.
Depois de um certo período é fácil localizar de quem é o grito.
As vozes são distinguidas pelos sons das palavras emitidas.
A vizinha ao lado briga com o marido.
A filha pequena chora porque não é feita a vontade.
Na casa anterior o filho faz manha por bobagem.
Em frente a revolta da mamãe explodi na rua.
Duas depois dessa há resmungo de casais.
Na casa da Gigi o controle é duro.
Quando não toma o remedinho avança em cima do povo pulando a grade da varanda.
Na da Cidinha a coisa muda um pouco.
Corre pela rua dizendo que é Jesus Cristo.
O namorado de uma delas explode de ciúmes.
Há um treinamento para não avançar aos tapas.
No final da rua temos um musico.
Persegue a vizinha com seu instrumento.
Momentos de perturbação sinfônica.
Moradores mais antigos confirmam que o gesto é de propósito.
Impulso nervoso que foge ao controle.
Expande-se pelas paredes e toma conta da rua.
Um verdadeiro artista em transe.
Os animais domésticos entram em sintonia com seus donos.
Depois de um certo período adaptamos os ouvidos.
E vira cantiga de roda.
Todos gostam de brincar um pouco na calçada da vida.
Com toda essa confusão fomos aceitos.
Clarisse se fez conhecida.
Arranjou amiguinhas para jogar.
Aqui e ali o entra e sai é constante.
Com esse movimento novo as brigas estacionaram.
O dia do Tiradentes...
Serviu para arrancar alguns molares que estavam molestando.

urububranco.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Esporte em Casa.


Hum....
Meu Piloto começou um novo esporte.
Estilingue.
Não imaginava esse talento.
Local de pouco acesso faz um bonito arremesso.
Guarda roupa.
Consegue desmontar uma armada.
Desprograma o sistema.
Com material suave de uso diário.
Faz de raquetes para seus exercícios.
No céu do recinto.
Não há programação de hora.
O que conta é a vontade.
Atira no ar o produto.
Ocasiões usa os pés como suporte.
Lançamentos rápidos e certeiros.
Os dedos auxiliam no alcance do objeto.
O material é atirado no vácuo.
Não há cálculo de queda.
Onde esta?
Sempre pergunto.
Esses arremessos são a última novidade no atletismo.
Ainda não foram reconhecidos oficialmente como um esporte.
As chances da divulgação é precária.
Possibilidades de levarmos ao público essa arte é perigoso.
Nem todos tem a capacidade da ação motora.
Sem falar nos problemas de acidentes por falta de precauções.
Os movimentos...

urububranco.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Tumultuo no Ar.


Aeronave passa por meteoritos.
Nossa tripulação esta em desequilíbrio.
O Piloto consegue um desvio.
A situação é desagradável.
Instabilidade de um passageiro balança no painel do tempo.
Deus sabe...
Poderia ter evitado esse sentimento.
Pensei muito na época.
Com a idéia, chorei.
Como desistir de Voce!
Depois de tantos anos encontrá-lo novamente.
É uma dadiva Divina.
Ginástica fiz para estar a seu lado.
Uma pergunta no pensamento: quando poderei ver meu Piloto novamente?
Planos nunca fiz.
Pensar no futuro, tão pouco.
Vivo o que a vida me oferece.
Economizo minhas alegrias para os fracassos.
Não importa o número de vezes que percorro o caminho.
Cada vez é de uma forma diferente.
E com mais ganas de viver.
Isso é valido no pensar.
Hoje estamos juntos.
Parece que nunca nós separamos.
Temos tido turbulências.
É verdade.
É natural na nossa rota.
Nossas experiências não são muito diferentes.
Voce vê um lado que não desejo.
Não quero olhar o mal.
Ele é apenas a falta de aperfeiçoamento do Ser.
Não é infinito.
Na maioria são pessoas enfermas da alma.
Existe remédio para a doença.
Todos temos o direito de tentar acertar.
Amo voce.
Sei que me compreende.
Porque me conhece a alma.

urububranco.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sujidade e Residuos.


O lixo comunitário.
Não houve entrega para o caminhão.
Saiu andando sem que eu percebesse.
Havia posto no horário certo sumiu antes do esperado.
Por mim não há problema.
O pessoal gostou do fato.
A menina e os saquinhos antes da escola.
Período da tarde.
Motivo de artigo dentro da página.
Há lixo de todos os tipos.
Cada vizinho tem seu cantinho privado.
Numa ocasião deparei com o vizinho querendo unir o lixo dele ao meu.
Interessante fato.
Nunca havia pensado que lixo pode ser compartilhado.
Me surpreendi com a idéia.
Não penso que seja conveniente ficarmos com a porcaria alheia.
Prefiro não ser solidária nessas situações.
Estou feliz com o meu próprio entulho.
Sem falar na imundicie que o cachorro do vizinho anda fazendo na frente da calçada.
Todos recebem um pouquinho de sujeira.
Vê-se que é um cão amistoso.
Sem partido político.
Trata todos por igual.
Só um animal faz todo esse desastre fisiológico.
É raquítico e pequeno.
Desprovido de corpo.
Como consegue armazenar tanta m...!

urububranco.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Temperamento.


A vida é feita de esperas.
Sempre esperamos por alguma coisa.
Ou alguém.
O aguardar pode ser cansativo ou doce.
Depende da pessoa.
Sentimentos estão sendo avaliados pelo tempo.
Há uma certa angústia.
Dependência de decisões.
Fato que deixa inquietação.
Os acontecimentos...
Qual o rumo que seguirão?
A maturidade mental é solidária as faltas humanas.
Aceita as justificativas.
Separa a realidade da ilusão explicada.
Depois da primeira decepção as outras doem menos.
Abafarmos a dor com as lágrimas dos outros.
A esperança...
O fracasso...
O instinto auxilia nos desapontamentos da vida.
Transformações se operam de várias maneiras no Ser.
Sensações, congeladas.
Os julgamentos, mais verdadeiros.
Aceitações suaves dispostas a debates ou revoltas destruidoras.
Há vítimas de si mesmos por todo o Planeta.
O prazer de torturar a própria alma.
Por Que?
Não há nada mais elegante que um sonhador.
A matéria reflete o estado de espírito.
Sonhar é o melhor que a vida nós oferece.
É necessário aprender a traduzir as viagens da alma.
Viajar sempre...
Filtrar paisagens agradáveis.
Armazenar somente sensações alegres.
Esse é o caminho.
As pessoas...
A maioria melindra com a palavra.
O problema não é falar.
É o interior.
Mexemos com a sensibilidade de muitos.
Um comentário...
Motivo de introversão.
Nem todos tem personalidade marcante.
Separar sentimentos.
Frear emoções é trabalho.
Exercício.
Acontecimentos e idéias mais íntimas...
Não posso deter na mente.
Prejudicam o espírito.
Calar no momento exato.
É motivo de saúde.
Conserva o equilíbrio.

urububranco.

sábado, 21 de março de 2009

Amor Sob Medida.


Os dias parecem anos.
Temos mais momentos vividos juntos do que a maioria dos casais.
Não deixei perdido no tempo nossos diálogos.
Revivo os instantes.
Ele é único e sem borrachas.
Gosto de ter na memória.
São intocáveis.
Amo voce.
É eterno sem mudanças o sentimento.
Ver o sorriso em seus olhos.
Sentir a felicidade nos gestos.
Estamos descobrindo o sabor que existe em nós mesmos.
Situações nos tocam a alma.
Nos ativam os sentidos.
Ontem fui ao seu encontro.
Quis fazer parte do seu dia.
Marcar minha presença.
Gosto de respirar o mesmo ar que voce inala.
Quero cada minuto.
Sei que é meu esse Território.
Hoje na estrada me dei conta.
Somos dois namorados em cima das nuvens.
Nossas viagens nos fins de semana deixam um gosto de Quero mais.
Amanhecemos e dormimos juntos.
Nesse intervalo entre o dia e noite meu Piloto esta absorvido pelo tumulto dos acontecimentos.
Fim de semana....
Esse é somente nosso
A familia é grande e todos merecem atenção.
Quatro em Atibaia.
Duas em Campinas.
Um em São Paulo.
Em algumas ocasiões conseguimos reunir todo o grupo.
Isso é gostoso!
Conversamos e trocamos idéias.
Estamos nós conhecendo.
Sete ao todo.
Cada um com memórias diferentes.
Pensamentos próprios.
Um mesmo sentimento, o principal.
Amor.
Momentos de silêncio.
Nossa personalidade é difícil de entender.
Somos iguais.

urububranco.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Dois e Dois.

No momento larguei meus afazeres para ouvir um quinteto.
Meu espírito deseja isso.
O que transmite bem estar é bem vindo.
Música orquestrada.
Tenho recebido por internet anúncios que não me enchem a alma.
Não são desagradáveis, apenas não me dizem nada.
Para alguns é o único meio de correspondência.
Em outro País é uso diário nas escolas.
Sendo obrigatório em determinados cursos.
Representa o material de trabalho de todos os dias.
Compensa várias situações.
Minha época de estudante foi muito diferente.
Caderno e lápis.
Tabuada na ponta da língua.
Hoje réguas com desenhos de todas as cores e tipos de tabuadas.
Cadernos com capas contendo formulas de aritmética.
Livro de estudo conjunto com o do exercício.
As mãos são instrumentos quase sem uso.
Servem para um Alo.
Muitos acham que não necessitam usar o cérebro por terem calculadora.
Quem dera!
A máquina mandando no homem.
Estamos condicionados a tecnologia.
Ela é maravilhosa tenho que admitir.
Mas o ser humano É o melhor.
Supera qualquer invento.

urububranco.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Viajando.


Começar pelo início é difícil.
Pegamos da metade para frente.
Quando se vira um pouco, é para situar onde estamos e o quanto avançamos.
Não importa o no que ou com o que.
É o normal das pessoas.
Paro para fixar meus pensamentos.
Algumas vezes é trabalhoso acompanhar meu próprio raciocínio.
A rapidez com que surgem no cérebro dificulta o freio das idéias.
Meus dias são como eu quero.
Acordo com o canto das aves.
Um casal arrumando um local para fazer o ninho.
Os dois pulam no muro.
Ele com gravetos no bico.
Ela cantando de emoção.
Um castelo....
Escadas alcançadas pelo meu Piloto.
A casa se enche com o ar da música.
Melodia gostosa.
Viver com a natureza.
Compreender o simples.
Harmonia no lugar.
Gosto dessa paz.
Tempo para reflexão.
Amo o que a vida me proporciona.
Faço desses momentos sagrados ao meu ser.
Guardo o que vale.
Exigimos e não vemos.
Possuímos além da imaginação.
Olho ao redor.
Vejo miséria.
Tristeza no olhar.
Disfarçado em sorriso falso.
Insegurança na palavra.
Gesto de inconforto.
Vida marcada pela amargura dos acontecimentos.
Algumas pessoas conhecidas minhas.
Não quero ver.
Não quero sentir desespero.
Corto emoções que me amputam a alma.
Sou feliz em minha forma.
Agradeço.....
Aceitar sem perguntar, dá para superar.
Esse é Meu espaço.
Não um tempo.
Não um período.
Mas uma eternidade criada pela alma.
Nela depositei toda minha vontade.
Vontade de chegar bem mais longe que o corpo.
Há demasiado Voce gravado no meu espírito.
A sensibilidade me provoca toda espécie de nostalgia.
Em todos os sentidos e momentos.
Sinto sua ausência antes de Voce partir.
E sua presença mesmo não estando aqui.
Sei que essa é a primeira partida entre muitas outras.
Viaja.
Compensar os dias é o que tenho.
Sei que faz parte desse Universo.
Com ele não quero lutar.

urububranco.

terça-feira, 17 de março de 2009

O Pulo.


O que não pode falar.
Somente viver o que sente.
Ou viver sem sentir.
Opções com uma escolha apenas.
No momento...
É difícil não se envolve com os sentimentos.
São tão rápidas as sensações que fogem ao controle.
O domínio para esfriar os pensamentos é constante.
Não quero sentir certas emoções.
Amar é fácil.
O difícil é suportar a saudade em toda sua extensão.
Conhecer o ciúme.
Dominar a distância.
Amanhã meu Piloto esta viajando.
É um trepe longo.
A casa ficará sem animo.
Gosto de acordar com seu cheiro.
Sentir seu sabor.
Imagens na mente que não quero compartilhar.
Transfiro para outra página.

urububranco.

domingo, 15 de março de 2009

Tempo ao Tempo.


Hoje descobri que estou preparada.
Outra dimensão.
Descendo a serra com meu Piloto.
Não pude deixar de desejar fazer parte dessa paisagem.
Estar nestas montanhas.
Sentir as nuvens tocarem meu corpo.
Tanta beleza como não acreditar em algo Superior.
Sonho.
Nada mais.
Vivo isso.
Um ponto.
Tempo para observação.
Mais tarde, pesquisa.
Em ocasiões, a leitura.
Faço anotações.
Minha irmã diz que os bons vão primeiro.
Pode ser....
Penso no depois não no antes.
Tiquitas coisas me chamam a vista.
Uma formiga carregando um galho.
Num determinado tempo largou o peso.
Caminhou um pouco no terreno.
Parou em frente e puxou para uma descida.
O relevo uma ladeira.
Desceu puxando a carga até despencar do alto.
Trabalho de um só.
Vi nela o antes.
A nostalgia tem atacado em momentos.
É natural.
Tenho dois meses nesse mundo diferente.

urububranco.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Até as Montanhas.


Gostoso sair com meu Piloto.
Domingo um passeio.
Cachoeira dos Pretos.
Há muito Ele queria dar essa volta.
A liberdade no meio da estrada.
Árvores cobrindo o caminho.
Um véu de folhas sobre nossas cabeças.
O cheiro das ervas misturado com a umidade.
Não senti o tempo.
Estava fora do chão.
Não importa para onde me leva.
O principal é esta a seu lado.
Voamos até os rochedos.
Deslizando pelo céu de paisagem.
Ouvi o barulho das águas.
O frescor da natureza.
O som dos passarinhos.
Uma corrida de emoções.
Mundo real dentro da imaginação.
Quanta realidade perdida nós anos!

urububranco.

O Não Acreditar.

Uma volta por assim dizer.
Meu Piloto me levou.
Minha mente regressou.
Compreendo muitas coisas que os filhos não entendem.
Saber é algo.
Viver esse dia a dia é diferente.
As necessidades humanas fazem aceitar imprevistos da vida.
Coisas desse tipo não dão para se passar a outro.
É preciso vivenciar.
Quanta diferença de cultura e hábitos.
Hoje minha filha caiu num buraco.
Esta perdida nas idéias.
Sinto quando conversamos.
Não consegue decidir sobre nada.
Emocionalmente abalada.
Dúvidas sobre si mesma.
Não posso comparar.
Apesar de querer.
Quer voltar para seu País.
Sei que quer me levar junto.
Observo na maneira como põem o assunto.
Esta difícil para ela.
Não houve enganos.
Somente certezas.

urububranco.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Bebendo aos Poucos.


Meu Piloto dorme.
Estou sozinha na sala.
Não quero molestar.
Fiz coisas incríveis nessa existência.
Sem perceber cavamos a própria sepultura para deitar nela.
Há situações na vida que não se pode voltar atrás.
Quero sentir sempre.
Um abraço no silêncio.
Um olhar que me invade a alma.
São emoções que não se devem abandonar.
Dormimos envolvidos no carinho dos nossos olhos.
O sabor de viver esse cuidado constante.
Esperar quando volta e quedar na porta quando se vai.
É meio arcaico, eu sei.
Ainda não partir e já me chegou a saudade.
Sei que será por pouco tempo.
Mesmo assim não gosto da idéia de dormir fora de casa.
Isso não estava amadurecido na mente.
É ilógico essa situação.
Vai de encontro comigo.
Na outra semana completará dois meses que estou com meu Piloto.
É como se eu nunca tivesse me separado dele.
Essa distância do passado foi necessária.
O valor é reconhecido dessa maneira.
Espero um milagre.
Acredito em fadas madrinhas, dragões e bruxas.
As últimas principalmente evito.
O planeta esta cheio delas.
Todo ser humano pode tudo.
Depende da capacidade mental que possui.
O destino é feito a cada dia.

urububranco.

Gotas no Tempo.



Ontem e hoje aproveitei para fazer o que gosto realmente.
Noto que a leitura me da calma.
Tenho sentido meu sistema nervoso agitado.
Foram muitas situações ao mesmo tempo.
Sem dizer que escuto minha filha de quinze anos reclamar.
Deixar opiniões pelo ar.
Dar comentários fora de hora.
Expressar frases inconvenientes.
Sei que esta em mudança.
Tem apenas essa idade.
O mundo parece inexplicável.
A escola um bicho papão.
Pronto para comer sem piedade.
Tento não seguir a corrente.
Mas isso me irrita profundamente.
Nada esta demasiado bom para ela.

urububranco.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Sufocando as Palavras.

Esta chovendo.
Gosto desse tempo.
Há um certo encanto no cinzento do céu.
Olhando do ponto onde me encontro posso alcançar as montanhas.
O trovão tem aspecto de um tambor metálico.
A claridade dos relâmpagos nesse escuro teto trazem uma certa serenidade e melancolia no espírito.
Me identifico com essa natureza.
Necessitava dessa liberdade de espaço.
É algo predominante no caráter.
Me asfixio com a falta de lugar.
As pessoas não compreendem.
A verdade....
A auto suficiência tem seus problemas.
É trabalhoso pedir.
Mas fácil fazer.
Compreendo o que acontece ao meu redor.
Tenho um raio no cérebro.
Surgiu no fim de semana.
Observei o que não queria.
Voltei no tempo dos meus dezoito anos.
Esse pensamento.
Querer e não ter.
Desejar e não poder.
Derrotas sem chances.
Vontade sobre a matéria.
Entendi atitude do ser humano.
Um olhar marcou essa semana.
Quisera errar no instinto.
É como cheirar o obvio.
É uma gravação que não quero ter na mente.
Apago com a dúvida.
Não quero a resposta dado pela boca.

urububranco.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Contar o Tempo.


É de noite.
São as onze e meia para ser exato.
Mais um dia a seu lado.
É importante as vinte e quatro horas.
Desfruto todos os minutos como se fossem os últimos.
Olho para ele sinto felicidade.
Ainda há muito que fazer.
Não importa.
Tudo a seu tempo.
Não se pode mudar o tempo.
Podemos mudar destinos.
Isso é o máximo que o ser humano alcança.
Os seres não se dão conta do mal que fazem a si mesmo.
Em ocasiões é necessário a solidão e o abandono para descobrirem o que sempre esteve aos olhos.
Gostaria de mudar o comportamento humano.
As vezes me pergunto o que poderia fazer de melhor.
A cidade dorme o sono do silêncio.
Olho através dos vidros.
Aprecio essa calmaria.
Sei que tempestade virá.
O improviso será necessário com certeza.
É algo.
Não há nada certo além da lógica da vida.
A minha esta aqui.

urububranco.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Carnaval de Emoções.


Acompanhei pela primeira vez o carnaval de rua.
Não sei bom como me senti.
Prestei atenção sem me fixar em nada.
Observação geral.
É sempre bom conhecer algo diferente.
Estou tentando....
É difícil quando o isolamento é longo.
Para ser franca estava deslocada.
Tudo desconhecido.
Por que fui?
Necessito regressar de alguma maneira para essa sociedade que abandonei.
É melhor ao lado do meu Piloto.
Minha filha de seis anos também estava atônita.
Mas desfrutou desse tão falado Carnaval.
Também sua primeira vez.
As pessoas jogando espuma.
Os bonecos dançarinos sobressaiam no meio da multidão.
Gigantes cabeças voando sobre nós.
Tenho que reconhecer que o povo estava dignamente vestido.
Isso apreciei muito.
Pularam harmoniosamente.
Uns em contatos com os outros.
Valeu.

urububranco.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sete Meses Antes.


É sexta-feira dia dezoito.
Estou impaciente.
Aguardo um telefonema.
Marquei sair com Ele.
Uns meses atrás escolhi essa data via internet.
Meu pensamento corre enquanto meu corpo se mexe devagar.
Comprei rosas brancas e três lírios.
Um impulso que tive de dar flores.
Gesto de agradecimento e desculpa ao mesmo tempo.
Gosto do cheiro suave dos lírios.
Escolhi uma saia preta para usar com blusa branca de mangas compridas.
Tenho nos pés sapatos de salto alto da mesma cor que a saia.
Não importa aonde vou, gosto sempre de usar salto alto.
Não estou maquiada, é raro o uso de cosméticos.
Estou assustada.
Vou me encontrar com meu Piloto.
Passei uma tarde de tremedeira.
Decidir é algo.
Enfrentar a decisão é outra coisa.
O telefone toca....
Fico insegura.
Começo a vacilar...
Ensaio por mais uma pessoa nesse encontro.
Não me compreendo nesse momento.
Do outro lado da linha parece que esta tudo OK.
Não há problema.
Fico chateada comigo mesma.
Tenho ciúme do que escuto.
E raiva da minha reação.
Conserto minha falta.
Esta na hora.
Desço para esperar em frente a PUC.
Ofereço rosas.
O que sinto é da alma.
Vamos num restaurante.
Não consigo pensar em comida.
Ele come.
Eu observo.
Saimos para caminhar um pouco.
Não esperava por isso!
Tenho choque interno quando segura minha mão.
Quero correr ao atravessar a rua.
Ele diz - " Calma, devagar..."
Mostra alguns edifícios gigantes.
Comenta sobre frases ditas do irmão.
Escuto porque quero me grudar no assunto.
A necessidade de não pensar no que estou sentindo é enorme.
Sou tomada de surpresa quando me beija na calçada.
Minha mente fica bloqueada.
Caminhamos de regresso para o auto.
Entramos num quarto de hotel.
Por instinto procuro uma parede para encostar.
Ele se aproxima do meu corpo.
Minha conexão com as pernas pifou!
Tento me segurar no muro.
As pernas teimam em cair.
Conchale!! Não obedecem!
Quero pensar e não consigo.
A caixa de memória esta vazia.


urububranco.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Um Ano e Meio.

Aguardo no salão de hotel.
As horas não se movem.
O programa de televisão é sem graça.
As notícias não atraem a atenção.
Não importa o que o reporte está relatando.
O pensamento esta voltado para o relógio de parede.
Esse tempo de espera deixa uma ansiedade no ar.
Quanto mais falta?
Pergunta que faço de momento em momento.
Eu mesmo não compreendo porque desse estado de espírito.
Não sei se escutei bom.
É agosto, uma segunda-feira dia vinte e sete do ano dois mil e sete.
Sento e levanto do sofá.
Olho pela janela em busca de distração.
Telhados das casas que diviso são sem cor para mim.
Duas horas se passaram.
Por fim Ele chega.
Não consigo ficar quieta mentalmente.
Vamos esperar o local abrir sentados num café.
Começa a ler uma procuração.
Não escuto bom.
O nervosismo atrapalha minha audição.
Tento encarar minha companhia.
Não entendo o que se passa comigo.
É apenas um parente.
Um PRIMO.
Tenho vontade de fugir como no dia dezenove de agosto.
Dia em que cheguei no País.
Foi quando fixei meus olhos nele.
Agora sentada ali a sensação voltou.
Gostei! Estamos saindo do lugar.
Mostra a cidade para mim.
Não esperava por isso.
Não consigo acompanhar nada.
Estou em turbulência.
Sinto sensações que não quero sentir.
Quase não consigo me acalmar.
Estou tensa!
A palavra não sai.
Comprida demais a cidade nessa hora.
Tenho uma confusão no corpo.
Quero ficar ao mesmo tempo ir.
Minhas pernas tremem mesmo sentada no veículo.
Não recordo da explanação.
Apenas daqueles olhos claros me vasculhando.
Soube que jamais esqueceria aquela expressão.
Tive duas oportunidades de olhar aquela fisionomia.
Me recusei nas duas vezes.
Desviei minha atenção para outro ponto.
Ignorei a presença da pessoa.
Foram preciso anos para voltar a vê-lo.
Estou aqui.
Vivendo com meu Piloto.
Decidi enfrentar esse sentimento.
Somos duas pessoas em uma.
Sei o que deseja sem necessitar falar.
Tento não pensar para ele não ouvir.
Nossos pensamentos se dilatam.
É estranho...
Posso sentir sem tocar.
Cheiro a vida em torno de nós.


urububranco.

Combinação e Som.

Compartilhar idéias não é simples.
Ouvi e concordar somente não é o bastante.
Participar é o principal.
Não executar é morrer no pensamento.
Não importa.
As pessoas sentem e fazem diferente todo o tempo.
No caminhar, sentar, comer, agir, falar.......
Decisões são feitas sem aprovações.
A palavra fica abafada.
É emitida com toda força do desejo.
Omitida instantaneamente.
Se há vontade, o gosto não é escutado.
Tem que ser desse jeito.
Não pode ser de outro.
Mudar é difícil.
Fácil usar o que se sabe.
O caminho e as consequências identificados.
Alguém deverá ceder!
É impressionante essa frase.
Quem?
Interrogação com resposta exata.
Por Que?
É obvio o conteúdo.
Não poderia ser diferente.
Não existe essa possibilidade.
É como fantasiar o imaginário.
A realidade pisa nos sonhos.
Buscar sempre...
Sem perder o prazer.
Sem abandonar a vontade.
Não importar é melhor em todas as situações.
Não há ocasiões de desgosto.
A idéia prevalece.

urububranco.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Vôos de Emergência.

Colisão sem necessidade.
Em tudo há um planejamento.
O qual não acontece.
Palavra-se algo que sai ao contrário.
O original fica esquecido.
Ida sem telefonema.
Uma busca sem aviso prévio.
Saída não acompanhada.
A manteiga é o de menos.
Supermercado outra hora.
Amanhã é outro dia.
O sal não importa.
O sabor é independente.
O paladar quem faz somos nós.
Era diferente....
Eu sei!
Não haverá mais chamadas!
Ok.
Não vim para alterar.
Nenhuma intenção.
Suposições....
Tem as respostas.
Sem formular as perguntas.
Somos pessoas soltas de pensamentos.
A liberdade de agir é direito de todos.
Obrigação é prejudicial.
Direito e Dever é algo.
Substituição....
Vários pormenores entraram nesse tempo.
Fico quieta um minuto.
Uma noite depois um dia.
Preocupação....
O mais difícil aconteceu.
O resto são fases.
Ordem natural.
Não é roupa e sapato.
Câmbio e troca.
Solução...
Paciência e reflexão.
É o melhor no momento.
Desculpa pela palavra ocultada.
Pelo silêncio ouvido.

urububranco.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Enganos e Desenganos.


Existem palavras no nosso dicionário que não deveríamos usá-las.
São como doenças.
Contagiam no dia-a-dia.
Chegam a ser vícios.
Em algumas vezes comparo.
Palavrões.
Por surtirem um efeito de impacto nas pessoas.
Uma espécie de choque mental.
Eletricidade sem fio.
Apesar de não estarem qualificadas como palavras pornográficas.
Como....
Nunca mais!
Jamais farei!
Essa é a última vez!
Coisas desse tipo.
É um empate para o amanhã.
São pronunciadas sem sentir.
Avulsos como cartazes de parede.
Publicidade.
O simples é dizer, Não.
Pronto.
Isento de erro.
Acabou com toda confusão oral.
Alguns gostam de perturbar.
Se deliciam em deixar dúvidas.
Desespero emocional.
É como caminhar numa corda.
Ela existe.
Para os demais não é nada.
Quem entende as pessoas?

urububranco.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um Adorno na Cozinha.


O espaço é limitado.
Jaula pequena.
Cresceu muito nesses meses.
O rabo.....
Desespero quando vejo essa cauda comprida e pelada.
Dá uma impressão desagradável.
Na maioria fica pendurada.
Corpo peludo e branco.
Uma pelota.
Olhos da cor de cereja.
Japonês na expressão.
É o bonito que possui.
Acompanha o café e lanche.
Primeiro dia susto.
O tamanho do animal.
É um RATO.
Com toda a força da palavra.
Agora familia.
Direitos adquiridos pelo tempo.
Cérebro.
Nome dado pelo Dono.
Um rapaz cursando a área de Psicologia na Universidade.
Decidiu adotar o bicho.
Nos primeiros tempos uma cobaia.
Assunto de análise para seus estudos.
Sentimentos surgiram para com o material.
Princípio de piedade.
Uma regra da Faculdade.
Matar o produto.
Após conclusão de pesquisa.
O futuro do Cérebro estava marcado.
Com o tempo....
Uma decisão implantou na mente do estudante.
Adoção imediata se fez.
Do laboratório a casa.
Atualmente....
Convive com o futuro Psicólogo.
Companhia diária na vida do universitário.
Nas férias nosso Cérebro viaja para o interior de São Paulo.
Bem dito, Nosso.
Essa adoção foi geral.

urububranco.

Cantar......Cantar........


Estamos nós aproximando do carnaval.
Uma vez participei desse evento.
Há muitos anos.
Mil novecentos e oitenta e dois.
Não gosto desse tipo de barulho.
Fui com um grupo.
Uma confusão.
Alegria geral.
As festas empolgam.
Havia um namorado.
Um cavalheiro.
Descobri o simples.
Conheci o comum.
Preservei o gostoso dos acontecimentos.
Saia comigo para todas as partes.
Idéias fixas de um futuro.
Minha mente como sempre em outra parte.
Participei de festas, aniversários, casamentos, shows.
Companhia agradável.
Algo sem comentários.
A vida é como as fases da Lua.
Assim penso.
Transformações.
O bom é vive-las.
Não importam as comemorações.
Sempre estou animada.
Viver é um motivo de alegria.
Faço as contas.....
O que mudou durante esses anos com os seres.
Não saberei.
É trabalhoso tomar conhecimento de algo que não se quer.
Tenho apenas um desejo.
Uma vontade.
Ela não depende somente de mim.
Terei olhos serenos.
Palavras justas.
Ouvidos incansáveis.
Para fixar nesse objetivo.
O hoje.

urububranco.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Quando Temos Tudo.....


Nós falta algo.
Fica perdido no tempo certos momentos.
Alguns desejos.
Recordações.......
É um estado da alma que não dá parada.
O tempo segue.
A solução é compensar.
Procuro meios que me possibilitem esse equilíbrio.
Tenho conseguido.
Fui em busca de abraço.
Adolescente.
Suavizou a melancolia.
Gostei.
Olhei aquele quarto.
Minha mente um mês antes.
Senti sensação.
Um desejo de arrumar, mexer.
Viver o ambiente.
Filho emprestado.
O espírito aceitou essa procura.
Adaptação para a saudade.
Há recaídas.

urububranco.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Detalhes.



Ontem fui visitar um tio.
Esta se despedindo do mundo.
Regressei ao tempo.
Eu com dezenove, meu primo com vinte e dois e a prima com vinte e cinco anos.
Eramos um trio.
Durante a semana íamos para a faculdade juntas.
Minha prima cursava e eu assistia.
Nos intervalos eu tentava um ping-pong na área com um colega japonês.
Meu primo sempre se mantinha calado.
Para mim era difícil imaginar o que estaria pensando.
As conversas eram poucas.
Frases atravessadas nos comerciais de algum filme.
Na sala em frente a televisão estávamos soltos.
Liberdade gostosa.
No final da tarde minha tia regressava do trabalho.
Os cinco reunidos na sala em volta da mesa.
Compartilhávamos das novidades do dia.
Cinco horas, o lanche.
Por primeira vez fui ao cinema em São Paulo.
Com a turma da universidade.
A prima tinha um colega interessado em me conhecer melhor.
Minha mente nada me dizia.
Sem interesse.
Ela achou melhor ficar do meu lado.
Me cuidar.
Quando saíamos juntas era enfeitada.
Usava suas saias, blusas e botas.
Uma fascinante transformação.
Essa sensação de irmã mais nova dos primos ainda sinto.
Voltando ao filme.
Decamerão, de Boccaccio
Vi no cinema.
Mil novecentos e oitenta, agosto para ser mais exata.
Recordo porque chocou.
Era ingênua.
Apenas fui.
A juventude é interessante.
A maioria vai, nada mais.
As novidades são o máximo.
Adrenalina a todo vapor.
Nessas minhas passagens tenho viva as recordações.
Cada uma.
Algumas delas com datas e dias marcados.
Vivi essa adolescência com o cérebro.
Numa ocasião no elevador do meu prédio fui paquerada.
Não com palavras.
Com olhares e piscadas.
Fiquei de boca aberta, como dizem.
Tinha meus vinte e três anos.
Foi quando me dei conta que as pessoas não tem os mesmos gostos afetivos.

urububranco.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Uma Mãe Somente.


Hoje foi o primeiro dia na escola.
Senti o entusiasmo da menor da familia.
A ansiedade estampada no rosto.
Interrogações de todos os tipos.
Um mundo diferente do que conhece.
Comparações foram feitas.
Mesmo para mim foi algo diferente.
Acostumada a mover com bicicleta.
Durante oito anos.
Escola, supermercado, hospital, reunião.....
Uma locomoção fácil de acostumar.
Não importa o céu.
O tempo e as inconveniências são poupados por duas rodas.
Cortar caminho em busca de atalhos.
Uma costura no meio do tráfico de autos.
Transporte gostoso e ágil.
Agora o método é distinto.
Nova vida.
Flexível, não sei.
As situações se enquadram devagar.
Mexer e combinar.
A cozinha é bem vinda nesse tumultuo de idéias.
Imaginar e fazer.
Uma fantasia dentro da realidade.
Penso muito nos dois que ficaram.
Difícil não pensar.
O acordar com mamãe entrando no quarto.
O pente em cima da cômoda é o utilizado.
Em poucos minutos ele entra em contato com uma cabeça.
Mexendo nós cabelos do filho.
O relógio para o pulso é o primeiro a ser entregue.
As perguntas no quarto antes da saída.
" Que horas volta?"
"Quer lanche para hoje?"
Na cozinha.
Chocolate frio, pão e queijo quente na mesa.
O preparo do lanche da maneira que gostam para a escola.
O corre-corre antes de pegarem as bicicletas.
Mamãe com toalha de cozinha nas mãos para limpar os assentos dos transportes.
Molhados pela chuva ou pela neve da madrugada.
Quem passa o portão primeiro?
O desespero por outra bicicleta estar dificultando a saída.
Mamãe vai em auxílio.
Os fins de tardes todos de regresso ao lar.
Tento estar em casa.
Conversas cortadas e interrompidas pelas novidades do dia.
Vozes atrapalhadas.
Notícias se misturam.
Nessa confusão escuto.
Atenção aos assuntos.
Alguém se chateia.
Não consegui atender os quatro ao mesmo tempo.
Tento corrigir.
Organizo por ordem de chegada.
Peço tempo.
Não quero ninguém irritado.
Começo de novo.
Esses rostos sem experiências e cheios de emoções me esquentam o coração.
A voz do mais velho enchendo a casa.
Os gritos de revolta da minha filha de dezessete anos se fazem ouvir.
Barulho na cozinha ao chegarem da rua.
" mamãe estou com fome! O que você fez para comer?"
Mãos incertas abrindo panelas em cima do fogão.
Portas de armários fecham e abrem.
Na buscar de algo para distrair antes da refeição.
Isso é sentir.
É viver.

urububranco.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Questão de Cabeça.

É fácil parar no tempo.
Estacionar na atmosfera.
Complicado voltar dessa levitação.
A mente desprende de tudo.
Segue um rumo sem bússola.
Isso é perigoso.
A semana passada me molestei.
Mudei meu estado distraindo minha atenção noutra direção.
Consegui mudar meu animo.
Mas isso ficou na cabeça.
Algo obvio.
As atitudes.
Quando algo incomoda falo.
Não escutam me fecho.
Tento sair disso sem ajuda.
Sei que sempre estivemos juntos de alguma forma.
Os anos cronológicos não dizem nada para um espírito.
Temos muito que frear.
A revoltada e o rebelde.
Aparecem acontecimentos que me deslocam.
A vida lá fora dá amplitude.
Ontem senti isso num salão.
Travei conversa com uma pessoa.
Gostei.
Não luxo.
Não preconceito.
Um bate papo somente.
É algo.
A vida na Europa modifica muito um ser humano.
Entramos em choque.
Hábitos e costumes para aprender.
Encontrei um Brasil modificado.
Do passado, somente o início da adolescência.
Esses foram os melhores anos.
Adquirir conceitos difíceis de largar.
Anos de cartilha.
Esperar.
Isso é uma constante na vida.
Mesmo aqui.

urububranco.

Um Lugar

Hoje sai de moto com meu Piloto.
Vi e não vi nada.
Me transportei várias vezes para outro espaço.
Viajei no tempo sem perceber.
Pingos de água atingiram minha alma.
Uma doce melancolia me invadiu.
Rodamos a estrada.
Parada em Bragança Paulista.
Pequeno passeio pelos arredores.
Um minuto de observação.
De baixo dos galhos de uma árvore.
Poderia me deixar ficar.
Me abandonar nesse lugar.
As pessoas não estavam visíveis aos olhos.
Somente as folhas desse vegetal com seu tronco.
Uma gostosa sensação de permanecer ali.
Gosto desses passeios.
Sem saber.
Apenas seguir.
Acompanhar as curvas do caminho.
Filme passando no meu cérebro.
Por fração de segundo.
Uma verdade.
Tento não pensar.
Aperto minhas mãos num abraço.
Não tenho lugar definido.
Não existo.
Tudo diferente.
Nada semelhante.
Uma mão na coxa me fez voltar.

urububranco.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Provocar de um Vulcão.


Não tenho estado muda.
Parei as palavras.
Os gestos tomam conta.
O estado de silêncio é segurança.
Sinto os acontecimentos.
É difícil frear atos alheios.
Prevê-los me da arrepio.
Sei que meu Piloto está tranquilo.
Tive momentos de susto.
Tenho sido testada de todos os modos mentalmente.
Não gosto de esconderijos.
Não sou criminal.
Não tenho saída nessa situação.
Escuto nada mais.
E como escuto!
Não quero magoar nem ferir.
Quero o justo.
O correto em tudo.
É trabalhoso agir.
As leis morais da vida são exatas.
Segui-las não é impossível.
Não há perguntas.
Não quero saber o que pensam.
Não necessito ver o que fazem.
Não importa.
Sei quem sou.
Meus filhos confiam.
Não há outro modo.
Tenho o silêncio.
Meus pensamentos se batem com outros.
Ganas de gritar o que sinto.
O controle sempre obedece a lógica.
Estou numa viagem.
Cuido para não colidir nesse espaço.
Um caminho tão conhecido por Ele.
O roteiro - o primeiro que faço.
Viajou outras vezes nessa direção.
Sinto o que Ele sentiu.
Compreendo coisas ocultas ao meu entendimento.
Não quero ser dura com outros.
Sou inteligente.
Recuso pensar nos temas que me colocam na frente.
Não é difícil viver, sorrir, amar.....
Difícil pensar no que expõem aos meus ouvidos.
Escutar conversas e opiniões.
Me revolto.
Entro em atrito comigo mesma.
Meus atos demonstram meu estado.
Procuro meu Piloto.
Misturo minha alma na sua.
Respiro seu ar.
Pressinto seu gosto.
Desfruto seu prazer.
As mãos buscam a satisfação de sentir.
Não há limites.
Célula, artéria, pulso........
Tremor e desejo invadem o corpo.
O desconhecido aparece.
Me deixo levar pelo impulso.
Não peço.
Tomo e possuo.
Raciocínio, nenhum.
Quem é quem?

urububranco.