sábado, 18 de abril de 2009

Tirando as Broncas.



Difícil não se ouvir os gritos e lamentos da vizinhança.
Barulhos de todos os tipos chegam aos ouvidos.
Depois de um certo período é fácil localizar de quem é o grito.
As vozes são distinguidas pelos sons das palavras emitidas.
A vizinha ao lado briga com o marido.
A filha pequena chora porque não é feita a vontade.
Na casa anterior o filho faz manha por bobagem.
Em frente a revolta da mamãe explodi na rua.
Duas depois dessa há resmungo de casais.
Na casa da Gigi o controle é duro.
Quando não toma o remedinho avança em cima do povo pulando a grade da varanda.
Na da Cidinha a coisa muda um pouco.
Corre pela rua dizendo que é Jesus Cristo.
O namorado de uma delas explode de ciúmes.
Há um treinamento para não avançar aos tapas.
No final da rua temos um musico.
Persegue a vizinha com seu instrumento.
Momentos de perturbação sinfônica.
Moradores mais antigos confirmam que o gesto é de propósito.
Impulso nervoso que foge ao controle.
Expande-se pelas paredes e toma conta da rua.
Um verdadeiro artista em transe.
Os animais domésticos entram em sintonia com seus donos.
Depois de um certo período adaptamos os ouvidos.
E vira cantiga de roda.
Todos gostam de brincar um pouco na calçada da vida.
Com toda essa confusão fomos aceitos.
Clarisse se fez conhecida.
Arranjou amiguinhas para jogar.
Aqui e ali o entra e sai é constante.
Com esse movimento novo as brigas estacionaram.
O dia do Tiradentes...
Serviu para arrancar alguns molares que estavam molestando.

urububranco.

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