quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A cabeça amortecendo a queda.


O que é necessário para acreditar no que não é mostrado?
Penso que no sentir encontramos a resposta.
No interior do corpo.
Na alma que sabe.
Hoje sentada no consultório médico me veio na mente a primeira vez que bati a cabeça.
Escorreguei, fui com o corpo para trás, e dei com tudo na parede.
Não consegui espaço suficiente para a queda, minha filha seria o alvo.
Para não machuca-la joguei o corpo contra a parede, e sem perceber atingi a cabeça no murro.
Na hora dor, fiquei por muito tempo com essa sensação.
O mais importante era conversar com o Piloto na internet.
Disfarcei meu estado.
No seguinte dia não podia ficar de pé tinha vontade de cair.
Enjôo e sensação de desmaio.
No médico de bicicleta.
Sem transporte motorizado.
Eu andei reto, examinou o pulso, olhou os olhos.
Ok, diagnóstico rápido.
Em caso de dores, analgésico.
Ano passado em Itajuba consegui meu segundo gol com a cabeça.
Ao virar uma esquina bati a cabeça num rapaz.
O colega ao lado me segurou para não cair.
Não aguentei, me faltou a mente.
Quis localizar o que tinha passado.
O Piloto estava no Banco, se pensar não recordo em qual, esqueci.
Fui chorando para uma padaria comprar créditos para o celular.
No caminho entrei numa farmácia, pedi algo, não recordo o que.
Tomei ali mesmo estava chorando diante do farmaceutico.
Respirei fundo.
Vontade de deitar, nada mais.
No agora me sinto um rato.
Investigação do conteúdo cerebral numa mente distorcida.
Uma quimera.

urububranco.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um Castelo

É feito de sonhos para ser realidade.
Nele construímos nossa base desejada.
Feito de amor e carinho por dois seres no espaço.
Os meses de desespero eram de portas fechadas.
A vontade de VENCER.
Nada era dificuldade para uma fantasia almejada.
Seis meses de ternura.
Outros seis de muita dor.
Como explicar ao ser amado que seu amor sofre de algo.
É mais fácil se dar a culpa, não revelando o seu estado.
Encontro verdadeiro.
Há anos esperado.
O que não havia no meio o romper de um achado.
A donzela em desvairo não estava no reinado.
A doença apareceu como encanto aclamado.
Por proteger seu tesouro.
Renunciou ao ser amado.

Faltas fazem parte desse enlevo apaixonado.
Muitas vezes dizemos frases que devem ser olvidadas.
A cabeça esta quente, o coração abalado.
Sei que teve começo num agosto deteriorado.
Por que causar a dor se no coração só existe amor?
Não fale de decepções o conto não esta avançado.
Não temos dez anos para que viver do passado.
O desejo, vontade e prazer não ficaram dispensados.
Nos meus olhos um vigor de eternos apaixonados.
Não importa o que pense e diga sei que é um desabafo.
Há amor na vida para ficar entrelaçados.
A distância não existe entre seres apaixonados.

urububranco.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Ao Meu Piloto.


Passei os olhos nos nossos e.mails
Releio com nostalgia os delírios.
Quanta saudade contida naquelas páginas escritas.
Angustia se fez presença.
Ansiedade, busquei na mente um por que....
Era livre por não possuir.
Desejo escravizou a gente.
Como doí a ausência...
Muda, calada, sem gestos....
Uma agonia....
Teus olhos.....
Atingem sem palavras.
Não importa, vivo.
Hei de passar por vários processos antes de algo.
Quem sabe sobreviva.
Estou seguindo um caminho.
Não há facilidade para quem busca um atalho.
Melhor fazer o percurso completo.
Quero um sentimento autêntico.
Com base na sinceridade.
Se houver atrito que haja.....desentendimento, ótimo!
Melhor que abafar na alma.
Isso mata.
Te amo secou nos gestos dos dias.
Vim para não sacrificar o maravilhoso do relacionamento.
Coloco no cérebro um primo.
É rejeitado pela memória.
Vai além do parentesco.
O corpo obedece a mente sem discussão.
Essa induz o pensamento na direção que tento frear.
Meu universo fechei.
Celibato!?

http://www.youtube.com/watch?v=ACg4OxVDr_w

urububranco.

Conversa de cozinha.

Ontem recordei a infância dando gargalhadas.
Vejo esse tempo como passatempo.
A adolescência vivida.
O primeiro beijo.
Nossa que susto!
Sensação sem descrição.
Num frenesi desesperado lavava a boca.
Gosto de roubo, furto.
Não saia da minha mente e da língua.
Um menino ousou me beijar!!
Esse episódio foi dramático.
Fiquei intacta por anos.
Era menina moça.
Namorar era revoltante.
Não achava interessante esse tipo de socialização, se assim posso classificar.
O melhor eram livros, filmes e danças.
Resumindo minha vida sem choques corporais.
Sentada na cozinha fiz um passeio mental com minha gêmea.
Essa eletricidade toda nos envolveu o funcionamento cerebral.
Gostoso gostar de recordar.
Foi uma hilariante noitada.
Pensando bem os maiores problemas eram os filhos de militares.
Nós perseguiam na escola.
Aprontávamos essa é a verdade.
Sempre temos algo que nós excita a imaginação.
Hummmm.....velhos tempos.....
Estou aqui novamente.
Depois de vinte e três anos.
Me martela uma idéia na cabeça desde minha chegada.
Vou fazer arte, com certeza!
Tenho meio século de existência.
O que sei são apenas livros.
Sou uma ignorante...feliz!
O que escutei do pessoal da terceira idade me fez contente comigo mesma.
Quero mudar sim dentro de mim.
Mas conservando essa capacidade que tenho de sorrir.
Descobri o beijo.
Fino e aromático extraído da alma.
Do íntimo de um Ser.
Essência verdadeira do meu querer.
Sei que todos beijão.
Parece uma epidemia.
Beijo na testa, na face, no queixo, na boca, no corpo.....e por ai vai....
Por princípio não gosto de beijar ninguém, nem colegas, amigos, conhecidos...
O máximo que ainda posso chegar é um aperto de mão.
Ou como na adolescência uma inclinação de cabeça.
Esses novos hábitos de sair beijando não dá.
Os parentes nada contra é familia, diferença grande.
Os conhecidos tenho feito por obrigação, não por desejo próprio.
Beijo com gosto, prazer e vontade é voce.
Que queixa de ter sumido a página.
O acesso é para todos em especial para voce.
Atravessei o Atlântico para beijar.
Várias vezes tive que implorar um beijo com os gestos.
Bom deixa para lá.
Dizem que aqui se faz e aqui se paga.
Quem sabe estou tendo de volta as façanhas que cometi na juventude.
Afinal é tortura ficar pensando.
Dizem que amar é sofrer.
Não sei, no momento sofro de tudo.
Saudade, ausência, demência....
O corpo é o único que não padece.
As vezes fico pensando....
Será que é devido a isso que as pessoas chegam a velhice com reumatismo, artrose e osteoporose?
Sim porque todos sem escapatória nessa idade tem esse problemão, boto assim.
Uma inflamação mundial.

urububranco.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sonho de Valsa.


Não disciplinei os sentimentos.
Tão segura das emoções me fiz.
Uma vez por toda vida....me deixei conduzir.
O controle da visão faltou.
Tremi na base da razão.
E sem explicação.
Afundei no barco da ilusão.
Como entender!
Ter conhecimento...
Educar a mim! Nesse momento.
Mudança de clima e tempo.
Entrou emoção no sentimento.
Olho o céu e penso...
Nada sou, nada sustento.
Lágrima de abatimento.
Observo mas não admito.
Não vejo.
Não culpo.
Não julgo.
Covarde não....imatura quem diz?
Burra!?
Me puxa para si.
Não guardo pensamento triste.
Olvido o desgosto.
Acordo num gosto.
Levanto sem beijo.
Assobio um gracejo.
Aprecio um deixo.
Danço um desejo.
Descobri o sem sentido....
Era completo o bem digo.
Sonho....
Imaginação viva com sabor.
Gostoso de fazer amor.
Mergulho nas linhas traçadas.
Esquecidas de dias passados.
Quão tola fui.
Imbecil!
Não era verdadeiro.
O aventureiro cavalheiro.
Sonho nada mais.

urububranco.