quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Escolhas

Aprendemos a fazer escolhas, e passamos a nossa vida fazendo escolhas. Militar ou civil? Caso ou fico solteiro? Tenho filhos ou não? Fico no emprego ou mudo? Compro carro ou não? Compro casa ou não? Faço seguro ou não? Faço plano de saúde ou não? Meu filho, escola pública ou particular? E por aí vai. À medida que o tempo passa, revemos as nossas escolhas, muitas não podem ser mudadas, mas podemos aprender com os erros a melhorar nossa qualidade de vida. Já disseram e é verdade, no palco da vida não existe ensaio, tudo é pra valer. Não podemos fazer um rascunho da nossa futura vida de casado, para depois passar a limpo e ter um casamento maravilhoso. Casa-se e aprende-se durante o casamento como é a vida de casado. Tem-se o filho, e enquanto o filho cresce, aprendemos a educar.

Não existe um curso ou manual, apenas a inteligência, a educação, o bom censo e intuição. O filho não vem com certificado de garantia e manual. Quando você já sabe cuidar do bebê, ele começa a andar. Quando você já sabe cuidarda criança ela vira um adolescente. 

 Quando já nos acostumamos ao adolescente ele vira um adulto. Alguns sabem aproveitar a viagem para curtir no final, a formatura dos filhos e estão preparados para a chegada dos netos, outros passaram a vida dedicando seu tempo ao trabalho para depois olharem para os filhos, e aí os filhos já são adultos. Não viram a paisagem durante o caminho. Eu pensei que estava chegando ao fim. Filhos formados.  Vida estabilizada. Na memória: O primeiro beijo, a primeira namorada, a primeira aula, a primeira professora, o primeiro vôo como piloto, o salto de pára-quedas, o primeiro emprego, o casamento, o nascimento dos filhos, cada nascimento é único, a primeira vez que você olha para o seu filho é única. 

E assim se vão todas as primeiras vezes, todos fazem parte da paisagem através do caminho da vida. Um dia os filhos formados ou já com a formação garantida. Olhamos para trás e vemos uma vida bem vivida e realizada. Agora a estabilidade que chega coma idade. Filhos preocupados com minha solidão. Mas surge um inesperado amor e voltamos a escolher, quando já pensávamos ter escolhido tudo. A paz , a solidão de todo o tempo do mundo, ou o recomeço, com as caras de quem acabou de acordar na mesa do café da manhã. O trabalho, o alvoroço do almoço, gosto, não gosto, alô pequenina espere a sua mãe acabar de falar. Coma tudo, senão não ganha sorvete. Não vá para a sala com o copo de suco na mão.

Por favor, tire o fone de ouvido à mesa. Alguém já deu comida para o cérebro? (animal de estimação). Quem quiser tocar flauta entre no quarto e feche a porta. Afinal quer parar de fazer barulho para que eu possa ver o filme? Bom. Escolhi a vida escolhi o recomeço, agradeço a Deus por essa aeromoça que apareceu na minha vida e trouxe seus filhos para que possamos juntos apreciar todas as paisagens que ainda estão por vir. No fim a a vida se parece um pouco com o título da peça de William Shakespeare. Basta entender assim. Vou aproveitando a vida e evitando fazer  "Muito Barulho Por Nada". gaivota.

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