terça-feira, 16 de setembro de 2008

Uma Noite de Agonia.


Quem não foi a uma boate?
Freqüentei várias, na juventude.
Gostava pois lá deixava todos os males do corpo e da alma.
Nesse momento esquecia que tinha dor.
Saia com meu grupo exclusivamente para DANÇAR.
Minha turma ia a PESCARIA, por assim dizer.
Não me importava.
Todos bebiam e fumavam.
Eu não ingeria álcool, só fumava.
Não por prazer.
Começou com meus colegas da faculdade.
É normal quando você tem mais da metade de uma sala que fuma.
Você fuma através deles.
No dia seguinte meu aspecto era deplorável.
É de ressaca mesmo!
Recordo uma vez, estava fumando no meu emprego.
Tranqüila, fazendo pose com o cigarro na mão.
Nessa época era estagiária na Caixa Econômica Federal.
E sem perceber meu pai apareceu no emprego.
Fazer uma visita, segundo ele.
Vocês não imaginam a sensação que senti quando o vi.
Primeira coisa que fiz foi abrir uma gaveta qualquer da minha mesa, e enfiar o cigarro dentro.
Quase queimo documentos.
Depois desse episódio mentalmente doloroso o cigarro ficou somente para a faculdade.
Eu tinha 24 anos e brincava de fumar as escondidas.
Esse fato me veio a mente por causa do sábado passado.
Fui a uma discoteca.
Minha filha de 17 anos me pediu para levá-la.
Convidei uma amiga para nós acompanhar.
O local era conhecido por mim, pois há dois anos atrás havia ido assistir a um concerto.
Sou a favor do dito : "A primeira impressão é que vale " .
Essa frase deveria ser sempre respeitada por todos.
Um local que para alguns eventos se mostra harmonioso para outros se transformar numa ameaça humana.
A primeira vista me impressionou.
Um aglomerado de gente.
Mais da metade do sexo masculino.
Todos entre 16 a 35 anos.
Pela idade podemos imaginar muito.
Todos dispostos a ganharem.
Com certeza!
E a música!!
Essa estava de acordo com o tipo de ambiente.
A juventude gosta de barulho para pular.
Por duas vezes vi cadeiras voadoras em cima de namoradas foguetas.
Os olhares, as conversas e os corpos se movendo.
O barulho ressonando na minha cabeça.
Me senti deslocada.
As vezes me vem na memória os anos 70 e 80.
As músicas e os ambientes eram outros.
Não pensei na possível mudança ao sair de casa.
Nessa noite deplorei o ser humano.
Fiquei exposta a perigos.
Senti que agredi meu espírito.
Decidi não ir mais em discotecas sem a companhia de um homem.
Uma vez para qualquer coisa é o suficiente.
Minha filha planeja novamente!!!!


urububranco.

Um comentário:

gaivota disse...

Existe uma diferença entre os filhotes das aves e as aves adultas no tocante a sensibilidade auditiva. Tanto entre os urububracos, como nas gaivotas e acredito que em todas as demais espécies de aves. Na semana passada, resolvi entrar numa Lan House. É um ambiente aconchegante, com uma boa música enquanto a gente se movimenta na internet, atrás de imagens e sons, que supram as nossas necessidades imaginárias. Tudo estava bem, até que após o término das aulas de um colégio ao lado, a Lan House, foi literalmente invadida pelos filhotes de aves. A música ambiente já mudou para “BUM! TIBUM! BUM! BUM! BUM! TIBUM! BUM!” . O jeito foi colocar no You Tube música, minimizar e acessar outras páginas. De repente: “ANDRÉ VOU ENTRAR, SE SEGURA!”, tomei um susto. Era o pinto ao meu lado gritando para outro pinto, que estava há uns cinco metros na outra sala. Para a vóz dele chegar lá, passou literalmente por dentro dos meus ouvidos. Passados alguns minutos: ‘SE SEGURA ANDRÉ VOU TE MARA AGOOOORRRAAAA!!!!!”. Não resisti:V O C Ê P O D E F A Z E R O F A V O R D E N ÃO G R I T A R! , falei. O pinto se assustou e não gritou mais. Eu escutava o grito do tal André, para o pinto ao meu lado. Esse permaneceu calado. Depois de meia hora, levantei para ir embora e disse: “Desculpe-me, eu não queria ter pedido para você não gritar, mas meus ouvidos estavam doendo”. Tenho pensado, se quiser ir a Lan House novamente,acho que vou levar um protetor de ouvidos. Vende na farmácia. É para utilizar na piscina, mas se não entra água nos ouvidos, também deve ser a prova de som, ou se estiver de moto, em vez de deixar o capacete na moto, usarei o capacete dentro da Lan Hoouse, será que vai virar moda?

gaivota